Rota do Vinho - Oeste


Percursos:
Quintas de Alenquer  |  Óbidos  |  Linhas de Torres


Quinta da Margem D'Arada


Qualidade e diversidade de aromas e sabores

O Oeste é uma das maiores regiões vinícolas de Portugal e do Mundo, destacando-se os seus vinhos encorpados aromáticos e de precioso valor alcoólico. A sul, produzem-se tintos vivos enquanto novos, intensos, equilibrados e com um raro aroma após envelhecidos; a norte, predominam os vinhos brancos, deliciosamente frutados.
Desta diversidade nasceram em 1989, a Zona Vitivinícola de Óbidos, abrangendo quase toda a área dos Concelhos de Bombarral, Cadaval, Óbidos e Caldas da Rainha, e a Zona Vitivinícola de Alenquer, Arruda e Torres (concelho de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras), com selos DOC (denominação de origem controlada).

A região distingue-se também pela produção DOC dos “Vinhos Leves”, de mais baixo teor alcoólico e pela existência, única no País, da Denominação de Origem Controlada de Aguardente Vínica da Lourinhã, bem como de surpreendentes espumantes, de origem mais recente.

É uma riqueza económica, turística e cultural da Região que a “Rota da Vinha e do Vinho do Oeste”, enquanto circuito turístico com um potencial incalculável, pretende reforçar e divulgar ao público.

Cerca de 25 Quintas fazem parte deste roteiro, abrindo as suas portas aos visitantes a partir de três circuitos distintos. Esta visita, para além de por o visitante em contacto com as deslumbrantes paisagens de vinhas, oferecem ainda a possibilidade de experimentar actividades rurais como a vindima, percorrer os espaços do ciclo do vinho ou simplesmente deliciar-se em provas dos vinhos emblemáticos da região, acompanhados de bons queijos ou doces conventuais.

 O Circuito das Linhas de Torres redescobre os trilhos do Duque de Wellington e da guerra peninsular. No Circuito de Óbidos mistura o espírito Medieval do Mosteiro de Alcobaça, do burgo de Óbidos, da Rainha D. Leonor nas Caldas da Rainha, das Quintas de Bombarral e do ar puro do Montejunto no Cadaval. O Circuito Quintas de Alenquer transporta o visitante ao imaginário das famosas Quintas e Solares quinhentistas, à vila presépio de Alenquer e a figuras como Pedro Álvares Cabral ou Damião de Góis.

Vinho português em destaque na imprensa estrangeira

Os jornais The Guardian e Irish Times dão, este fim de semana, destaque aos vinhos portugueses. O jornal irlandês dedica uma extensa reportagem à produção vinícola portuguesa, enquanto o jornal britânico destaca uma das novas marcas do Alentejo.

Num artigo publicado este sábado, o jornalista John Wilson entrevista dois dos grandes importadores de vinho português na Irlanda, sublinhando a forte implementação que o vinho nacional tem registado naquele país nos últimos 10 anos.

Ben Mason é um dos importadores citados no artigo. Este irlandês – que distribui cerca de 80 vinhos portugueses na Irlanda – garante que “conheceu um novo mundo” quando, no ano 2000, fez uma viagem vinícola a Portugal. Desde aí, Manson tem-se dedicado a promover e vender o vinho luso no país.

Kevin O’Hara passou por uma história semelhante. Depois de ter encerrado o seu negócio na área da indústria têxtil, este irlandês decidiu apostar na importação dos vinhos portugueses, dos quais se tornou fã a partir do momento em que começou a fazer férias em Portugal.

Ben Mason e Kevin O’Hara afirmam que, nos últimos 10 anos, os vinhos portugueses deixaram de ser um produto marginal, cuja presença estava representada de forma insignificante nos cardápios irlandeses (quando não estava mesmo ausente), para se tornarem uma marca incontornável.

“Agora, os restaurantes procuram-nos [aos vinhos portugueses] ativamente; há uma portugalidade única, uma riqueza frutada e um estilo individual que os destaca dos demais”, garante Mason.

Quanto às melhores regiões vinícolas, os dois importadores concordam que o melhor vinho é produzido no Douro mas sublinham que o Alentejo é a região “mais excitante” com os seus vinhos jovens e frutados.

No entanto, ambos os retalhistas apelam aos produtores portugueses que mantenham a preferência pelas castas indígenas sem se renderem às internacionais, para não correrem o risco de perder qualidade.

No final do artigo, o jornalista deixa a sugestão de quatro vinhos portugueses que considera incontornáveis: Prova Régia 2010, Pegos Claros 2007, Sá de Baixo 2008 e Niepoort Vertente 2008.
“Estranho nome, óptimo vinho”
Também o jornal britânico The Observer (versão de domingo do The Guardian) dedica esta semana um pequeno artigo a um vinho português: o .Com Branco, produzido em Estremoz, Alentejo.
No texto, o especialista David Williams salienta que apesar do nome se "esforçar demasiado" para soar moderno, o vinho não precisa de qualquer esforço para impor a sua qualidade. “Do caloroso Alentejo (…) chega este vinho cheio de sabor, rico e frutado (…) com força suficiente para acompanhar uma galinha assada em manteiga”.

Clique AQUI para aceder ao artigo do Irish Times e AQUI para visitar o artigo do The Guardian.

Como servir um vinho!


Vídeo muito interessante.

Como provar um vinho


Para provar devidamente um vinho deve utilizar-se um copo de vidro fino e incolor, de pé alto, pelo qual se deve segurar, e de corpo longo, com boca mais estreita, para que os aromas possam ser devidamente apreciados.  

O vinho deve servir-se à temperatura recomendada na indicação do contra-rótulo da garrafa, ou, se aquela for inexistente, entre os 16º e os 18º, se for um tinto e entre os 9º e os 12º, no caso de um branco.

A prova é uma análise baseada em dados sensoriais, pelo que, uma vez servido o vinho, todos os sentidos devem ser convocados para que a prova se possa realizar o mais completamente possível.  

A prova deve constar de várias fases, pela seguinte ordem:  

· Fase Visual - Nesta 1ª fase deve examinar-se a cor do vinho, a sua limpidez, brilho e intensidade. No caso de um vinho espumante, deve notar-se, também, o tamanho das bolhas e a persistência do seu cordão, após o desaparecimento da espuma inicial.  
· Fase Olfactiva - Inicia-se quando se cheira o copo e acaba por via retronasal, quando o vinho já está no paladar. Nesta fase, podem detectar-se logo alguns defeitos do vinho (rolha, mofo, vinagre, etc.), ou descobrir a sua complexidade aromática. O leque de aromas é vastíssimo e a sua descoberta dependerá sempre da memória olfactiva de quem prova e do seu treino. Porém, no caso de muitos dos vinhos do Alentejo, são facilmente perceptíveis os aromas a fruta madura, frutos silvestres ou madeira nova, no caso dos tintos e os aromas a frutas tropicais, frutos secos e minerais, nos vinhos brancos.  

· Fase Gustativa - Corresponde à fase de degustação do vinho na boca, desde a primeira impressão que este causa ao beber-se (o ataque) até à apreciação do seu conjunto dos sabores (ácido, amargo, salgado, doce), do corpo, da textura e de outras características do produto.

· Fase Final - Após ser engolido (ou cuspido) o vinho deve deixar um conjunto de sensações, devendo apreciar-se a sua persistência, os sabores, os aromas retronasais e o final de boca.

Da apreciação resultante do conjunto destas quatro fases, pode concluir-se a maior ou menor originalidade de um vinho, o seu equilíbrio, harmonia, tipicidade, etc.

Dicionário de Aromas


abrunho Aroma a caroço de fruta que recorda o da aguardente de abrunho.
acácia, flor de Aroma floral que se encontra em alguns brancos muito delicados.
açafrão Aroma a especiarias, que recorda o açafrão.
alcachofra Aroma desagradável, ácido e acre, que lembra esta verdura. O aroma que se percebe na degustação é o que se produz ao cozer a alcachofra.                               
alcaçuz Aroma amadeirado e doce que se detecta em grandes vinhos de estágio. É mais frequente em vinhos tintos nobres; mas pode, por vezes, detectar-se em vinhos licorosos.
alcanfor Odor picante e vegetal, que aparece em certos vinhos elaborados com uvas muito ricas em componentes terpénicas.
alcatrão Odor fumado e torrefacto que se detecta em alguns tintos muito profundos e maduros.
alfarroba Aroma adocicado e torrefacto, rústico como a alfarroba, que caracteriza certos vinhos doces ou brandies.
alfavaca Odor picante que evoca esta planta e que recorda a mistura da sálvia e do tomilho.
alfena Aroma floral que se encontra principalmente nos vinhos brancos e que recorda o perfume que as flores da alfena exalam.
alho Aroma e sabor indesejáveis que podem aparecer em vinhos que foram submetidos a uma má vinificação e aos que se acrescentou, como conservante, um excesso de ácido sórbico.
almíscar Odor animal que se encontra em alguns grandes vinhos e que recorda o odor do almíscar.
ameixa Aroma característico de vinhos brancos, rosados ou tintos, geralmente muito maduros.
amêndoa Aroma e sabor característicos de certos vinhos. O odor da amêndoa amarga aparece nos vinhos tintos jovens elaborados por maceração carbónica. Mas o odor das amêndoas amargas pode também revelar certas alterações em muitos vinhos (excessos de anidrido sulfuroso, excesso de oxidação em vinhos brancos, etc.
amendoim Aroma que aparece em certos vinhos brancos muito maduros. Quando está associado a uma quebra de vinho (fermentação manítica) pode ser um grave defeito.
amendoeira Odor floral que recorda o aroma, bastante meloso, das amendoeiras em flor.
amora Odor frutado característico dos vinhos tintos aromáticos, que evoca o das amoras silvestres.
ananás
Aroma frutado característico de certos vinhos brancos delicados e jovens. O ananás maduro pode aparecer em brancos de estágio ou muito ricos em açúcares.
animais Aromas que recordam o odor do couro, da pele, da marroquinaria e inclusive da caça. Quando se sobrepõe aos outros aromas é considerado um defeito.
anis Aroma que se encontra em alguns vinhos brancos. O aroma do funcho é da mesma família.
arbóreo Diz-se do odor agradável, geralmente resinoso e balsâmico (cedro, abeto, pinheiro, cipreste).
assado Odor animal que recorda o da carne assada.
avelã Aroma característico de certos brancos secos, como o Chardonnay. Pode encontrar-se nos generosos (amontillado, Porto tawny, etc.) Aparece também no champagne e no espumante. Apresenta, por vezes, matizes de avelã torrada.
balsâmico Aroma resinóide que pode ser devido à variedade, às características do terreno, ou ao estágio (incenso, cedro, pinho, cânfora, etc.)
baunilha Odor balsâmico descoberto em numerosos vinhos, que recorda o perfume da baunilha, com origem num éster proveniente de um aldeído fenol ou da baunilha (aldeído também conhecido com o nome de vanilina). A madeira de carvalho das barricas pode dar compostos baunilhados em combinação com os polifenóis do vinho.
benzol Odor que recorda o de um dissolvente ou de um verniz.
cacau Aroma nobre característico de algumas velhas colheitas. Pode detectar-se em garrafas veneráveis de vinhos tintos.
caça Odor animal muito forte, característico dos vinhos evoluídos que sofreram uma forte redução na garrafa.
café Aroma café verde, que, muitas vezes, se associa a certas variedades como a Cabernet Sauvignon. Aroma que recorda o café torrefacto, que se encontra em vinhos evoluídos, geralmente de qualidade.
camomila Odor que recorda o destas plantas (macela) e que se detecta em alguns vinhos jovens.
carvalho Odor derivado do estágio em pipa de carvalho aromático, que deve estar em perfeita harmonia com outras características do vinho (corpo, álcool, tanino, acidez, etc.)
casca de laranja Aroma frutado de alguns vinhos.
cássis Baga aromática, espécie de groselha preta cujo odor e sabor pode detectar-se em vinhos de grande qualidade (merlot, cabernet sauvignon, pinot noir, syrah, tempranillo). Como todos os aromas frutados, com a passagem do tempo, o aroma de cássis desaparece ou transforma-se.
castanha Odor frutado que evoca o da castanha torrada e quente, característico de alguns chardonnays fermentados em madeira, ou o da castanha assada, que aparece em alguns vinhos brancos jovens.
cebolinho Odor vegetal de alguns vinhos brancos que evoca o desta planta.
cedro Odor da madeira nobre que alguns grandes vinhos possuem, com um matiz balsâmico, de resina nobre, mais perfumado que o odor resinoso do pinho. Nos grandes cabernets sauvignon, este odor balsâmico não procede da madeira de estágio, mas do próprio vinho.
ceifa do feno Odor vegetal que recorda o feno cortado ou as fragrâncias dos prados na altura da ceifa.
celulóide Odor que evoca o da cânfora. Pertence à família dos aromas a especiarias, dado que a celulóide é uma mistura entre a nitrocelulose e a cânfora.
cera Odor característico dos vinhos doces naturais e vinhos brancos licorosos, que evoca o da cera de abelha. É também aroma próprio de vinhos brancos de grande classe, com corpo e um pouco evoluídos.
cereja Aroma frutado que aparece em alguns vinhos rosados e tintos. Utiliza-se também para designar cor de certos tintos.
charuto
O aroma vegetal de tabaco é próprio de vinhos já evoluídos, mas quando recorda o charuto havanês, maduro, é próprio dos vinhos tintos de grande classe.
chá Odor vegetal que recorda o das folhas de chá em infusão, com as delicadas fragrâncias de rosa aromática. O aroma do chá tem certo parentesco com o do jasmim. Aparece em vinhos brancos envelhecidos em barrica e em alguns tintos mais nobres.
chocolate Odor que evoca o deste alimento, obtido do cacau torrado. É característico de certos vinhos tintos.
cidra Odor que recorda a fruta do mesmo nome, de características parecidas com o limão.
cipreste Aroma balsâmico que se encontra em certos vinhos nobres.
cítrico Odor frutado de certos vinhos que evoca a dos frutos citrinos (sidra, limão, laranja, etc.).
coco Aroma agradável que aparece em certos vinhos com estágio em madeira.
cogumelo Aroma pertencente à família dos aromas vegetais e também à dos aromas de especiarias. Encontra-se mais facilmente em vinhos longamente estagiados em garrafa.
compota Odor frutado que recorda o de frutas cozidas e que aparece em vinhos muito intensos e maduros.
confeitaria Odor que recorda o das frutas em compotas, plum cake, frutos secos e rebuçados.
couro Ver animais couve Odor vegetal, desagradável e muito potente, que recorda o das couves.
cozido Odor quente que se detecta em alguns vinhos tintos fermentados em cimento ou em cubas de madeira que sofreram fortes elevações de temperatura durante a vinificação.C
cravo Odor floral que recorda o perfume que esta cariofilácea exala e que é devido à riqueza natural do vinho em isoeugenol. cravo da Índia Aroma a especiarias de certos tintos, que recorda o dos botões secos das flores do craveiro. Distingue-se nos grandes tintos de qualidade mediterrânicos.
crisântemo Odor floral, característico de alguns vinhos brancos secos, que recorda o desta túbera.
damasco Um dos aromas frutados mais delicados que um vinho pode apresentar. É mais frequente nos vinhos brancos, sobretudo quando são ricos em açúcares.
dissolvente Odor desagradável que recorda a acetona que se utiliza para eliminar o verniz das unhas. Aparece em certos vinhos que desenvolveram excessiva acidez volátil (acetato de etilo, vinagre).
doces de fruta Odor frutado que aparece nos vinhos maduros (brancos, rosados ou tintos) e que evoca o das marmeladas e frutas que foram cozidas durante muito tempo, com características aromáticas muito concentradas devido à cozedura.
ébano Aroma a madeira resinosa, característico dos vinhos envelhecidos em barricas de madeira verde, pouco queimada.
enxofre Odor químico que recorda o do anidrido sulfuroso (aroma de enxofre, enxofrado).
erva-cidreira Odor floral parecido com o do limão, mas mais silvestre e mais vegetal, que recorda o da erva-cidreira, da verbena odorífica, etc.
espargo Odor vegetal característico de alguns vinhos brancos.
especiaria Odor e sabor a especiarias (pimenta, cravo, cominho, etc.) O carvalho dá aos vinhos aromas a especiarias e baunilha.
espinheiro-alvar Odor floral e muito suave, delicado e sustentado, que evoca o que é exalado pelas flores desta espécie botânica.
espinheiro branco Aroma aldeídico e floral muito delicado que recorda esta rosácea de cor branca, que nasce num arbusto espinhoso, muito espalhado em matagais. Quando aparece em vinhos tintos, costuma misturar-se com a violeta, a amora e a framboesa.
eucalipto Odor vegetal, balsâmico, resinoso, que evoca o agradável aroma das folhas de eucalipto.
faisonado Odor animal que recorda o dos animais de caça um pouco passados, que pode aparecer nos vinhos tintos velhos ou muito evoluídos. Tem origem na garrafa, por causa da redução.
farmácia Odor químico, desagradável, que recorda o éter, o laboratório, a farmácia.
feno Odor vegetal que recorda o da erva cortada, devido aos compostos carbonilados. Tem como base a cumarina, derivado do ácido cinâmico. É próprio dos vinhos tintos muito evoluídos.
feto Aroma muito delicado e agradável, característico de certos vinhos brancos. Parece-se com o odor do musgo do carvalho, alfazema e da sálvia.
floral Diz-se do aroma de certos vinhos que recorda o perfume de determinadas flores (rosa, espinheiro branco, tília, jasmim, violeta, roseira brava, madressilva, etc.).
fosfatado Aroma que recorda a tinta, característico de certos vinhos ricos em fosfatos.
framboesa Agradável aroma frutado de certos vinhos tintos.
frutos secos Família de aromas que recordam aos frutos secos (nozes, avelãs, amêndoas, etc.) Os vinhos generosos, doces ou os tintos envelhecidos em toneis de madeira velha, exibem também aromas parecidos aos figos, passas, tâmaras, etc.
frutos vermelhos Aroma de certos vinhos tintos que recorda as bagas vermelhas de bosque (framboesas, morangos, groselhas) ou às ameixas e cerejas maduras.
fumado Aroma que recorda o agradável cheiro da madeira queimada. É bastante característico de certas variedades brancas e também de alguns tintos de estágio.
girassol Aroma que parece em certos vinhos brancos.
goivo Odor floral que recorda a forte fragrânciadas flores de goivo.
grafite Odor mineral que aparece em certos tintos de grande classe.
groselha Odor e sabor frutado que recorda o do fruto da groselheira. Existe uma groselha preta, também chamada cássis, cujo aroma se encontra sobretudo nos vinhos tintos.
herbáceo Odores ou aromas vegetais, com um matiz que recorda a erva. Considera-se um defeito se for excessivo, causado por uma prensagem ambiciosa ou pela presença de taninos verdes e óleos essenciais no vinho.
iodo Aroma químico que recorda o do iodo que se encontra por vezes em vinhos brancos ou rosés zonas. Aparece também em vinhos tintos muito maduros.
laranja Odor frutado que recorda o perfume da laranja. Apresenta-se frequentemente nos vinhos licorosos de Moscatel. lenhoso Odor vegetal, amadeirado, que pode detectar-se num vinho adstringente, sobrecarregado de taninos rústicos e submetido a longo estágio.
limão Odor frutado que pode detectar-se em certos brancos.
lírio Odor floral que recorda o perfume que as flores com o mesmo nome exalam.maçã Odor frutado, dado pelos aldeídos e pelo ácido málico, que se apresenta nos vinhos brancos frescos que não foram submetidos a fermentação maloláctica.
madeira Odor apresentado por alguns vinhos e que recorda fundamentalmente a baunilha, o carvalho, o fumo, a madeira queimada, o cedro, o incenso ou as resinas.
madressilva Odor floral, vivo e delicado, ligeiramente melado. Encontra-se em alguns vinhos brancos e espumantes, evocando as fragrâncias da madressilva.
magnólia Odor floral de alguns vinhos brancos, que evoca o perfume que as flores da magnólia exalam.
manga Odor frutado, característico de alguns vinhos brancos, que recorda o perfume deste fruto.
matagal Aroma a mato ou vegetação rasteira que caracteriza alguns vinhos brancos e tintos. Pode incluir-se na família dos odores balsâmicos, resinados
manteiga Aroma agradável a manteiga fresca, dado pelo diacetilo, que pode detectar-se em certos vinhos de qualidade, sobretudo, se se fez a fermentação maloláctica. O odor a manteiga rançosa implica um defeito.
marmelo Odor frutado, que recorda o do marmelo, característico dos vinhos brancos ligeiramente evoluídos ou amadurecidos.
mato Odor semifloral, aromático, que recorda as fragrâncias do campo (tomilho, lavanda silvestre, alecrim, etc.)
mel
Delicado aroma floral, característico dos vinhos brancos muito maduros e elegantes, que recorda o perfume do mel. Pode oferecer matizes subtis, como flor de laranjeira, acácia, alecrim, etc. Pode também aparecer em vinhos generosos de sobremesa (moscatéis) ou licorosos.
menta Aroma excitante que se detecta em grandes vinhos brancos (menta verde) ou tintos (menta picante ou peppermint).
mentolado Odor que evoca o da essência de menta, especialmente da menta picante.
mercaptana Odor muito desagradável que recorda o dos ovos podres. Tem origem numa reacção do enxofre com o dióxido de carbono da fermentação, que produz sulfureto de hidrogénio.
mimosa Odor floral que recorda o das flores da mimosa.
mineral Conjunto de odores que evocam os de alguns minerais (pederneira) ou de algumas rochas (giz, pedra de amolar, silício, tufo, grafite).
morango Aroma frutado que recorda o do morango cultivado ou o silvestre, menos suave que o morango do campo.
murcho Odor que recorda o das flores murchas e dos vegetais secos que perderam a frescura dos seus perfumes.
musgo Aroma herbáceo e vegetal que recorda o do musgo que cresce nas árvores.
narciso Odor floral intenso que evoca o que é exalado pelas flores de narciso.
nardo Delicado aroma floral, dado pelo dodecanal, que recorda o perfume das flores de nardo.
noz moscada Odor a especiaria que aparece em certos vinhos com raça, principalmente tintos.
orégãos Odor agradável que recorde o da planta do mesmo nome.
pão O aroma a pão fresco pode aparecer nos vinhos brancos. Recorda o da massa do pão recentemente cozida e que é dado pelo furfurol, tal como os aromas doces de passas de ameixas que aparecem nos tintos velhos.
pão torrado Odor empireumático, agradável, que aparece indistintamente nos vinhos tintos e brancos, que evoca o do pão acabado de sair da torradeira.
pastelaria Aroma entre doce e torrado, em que aparece a baunilha e o açúcar caramelizado. Detecta-se nos vinhos velhos ou generosos, e é consequência da sua evolução oxidativa e do contributo das pipas de carvalho.
pederneira Odor e sabor mineral de certos vinhos que lembram o do sílex queimado. Pode aparecer com frequência nos bons brancos da zona da Vidigueira.
pêra Aroma frutado que pode detectar-se em alguns vinhos.
pimenta Odor e sabor a especiarias, muito agradáveis, que apresentam alguns vinhos tintos de grande qualidade.
pimento verde Aroma vegetal característico de alguns vinhos, que recorda o do pimento verde.
pinho Aroma balsâmico que pode encontrar-se em vinhos brancos, rosés e tintos.
pistácio Aroma de frutos secos que pode ser detectado em certos vinhos.
Odor característico de alguns vinhos, que recordam o da terra poeirenta.
pólvora Odor enxofrado que pode ser detectado em certos vinhos brancos. Deve-se por vezes a um excesso sulfuroso.
queijo Odor láctico que recorda o dos queijos.
queimado Odor que evoca o exalado pelas matérias vegetais ou pelas madeiras carbonizadas.
químico Este termo é utilizado para designar alguns odores desagradáveis, como o odor acético, medicinal, de cauchu, de fénico, dos fenóis, do enxofre ou enxofrados, etc. Mas também pode ser positivo, como o aroma a tinta da china num vinho tinto, por exemplo.
reduzido Aroma a couro, que recorda certos odores animais (caça, pele), que pode aparecer em vinhos que permaneceram muito tempo em garrafa.
resina Odor balsâmico, agradável, que recorda as fragrâncias de resina das árvores resinosas (pinheiros, abetos, etc.).
rosa Odor floral que recorda o exalado pela maioria das variedades de rosa, rico em matizes de rosa aberta, de rosa murcha e de pétalas de rosa.
roseira brava Aroma que pode ser detectado em alguns vinhos brancos, rosés ou tintos.
sabugueiro Odor floral, amoscatelado, meloso, que recorda a fragrância exalada pela flor do sabugueiro.
sândalo Odor balsâmico que recorda o da madeira de sândalo e da árvore do mesmo nome, característico de alguns vinhos de qualidade.
sulfurado Odor químico característico, que recorda o enxofre.
suor Odor animal negativo, característico dos vinhos muito reduzidos, que recorda o do suor.
tâmara Aroma doce e a passas que se encontra nos vinhos muito maduros, sobretudo generosos. Costuma aparecer com notas torradas.
tangerina Odor frutado que recorda o perfume do fruto da tangerineira.
terroso Aroma entre terra recentemente molhada e pó.
tília Delicado aroma da flor desta árvore que aparece em alguns vinhos brancos.
tinta Odor que recorda o da tinta utilizada para escrever ou o das tintas de impressão.
tisana Odor que recorda o das tisanas, descoberto em alguns vinhos evoluídos.
tomilho Odor meio floral, meio vegetal, que recorda o da planta do mesmo nome que cresce em baldios e matagais rasteiros.
torrado Odor que recorda o dos frutos secos torrados (amêndoas, avelãs), dos grãos torrados (café), do pão torrado.
torrefacção
Odor dos grandes vinhos a torrado, que recorda o das substâncias submetidas a um fogo intenso (por exemplo, cacau, café, tabaco).
trufa Odor vegetal aromático, que recorda o odor forte da trufa branca e o odor mais frutado da trufa preta, descoberto nos vinhos nobres.
vegetal Aroma e gosto próprio de certas plantas (tília, tabaco, chá, acácia, folha de vinha desfeita, macela). Geralmente são odores florais ou arbóreos.
verbena Odor floral que recorda o das flores e das folhas da verbena aromática.
verniz Odor característico nos vinhos muito velhos ou nos destilados, fruto de uma oxidação alcoólica depois de um longo envelhecimento em madeira.
violeta Odor floral muito agradável, que recorda o exalado pelas violetas, dado pela ionona, que pode ser detectada em certos vinhos, como os de Touriga Nacional.
zimbro Odor balsâmico característico dos bons vinhos tintos velhos que evoca o das flores de zimbro, das bagas de zimbro ou da aguardente que se extrai delas (genebra).